qui, 21 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

CORAÇÃO VALENTE E A BUSCA PELA LIBERDADE

O amor pelo cinema é muito difícil de explicar. O amor pelo cinema sequer é possível de explicar. Por qual razão você ama determinada arte? Muito da explicação diz respeito ao que você sente ao apreciar uma obra de arte. Como forma de arte, o cinema se manifesta não só pelo que expõe de forma objetiva, mas pelo que deixa implícito de forma subjetiva. Já falei em outro texto que não há a necessidade de se preocupar em decifrar o filme, sequer há necessidade de saber o que tais elementos subjetivos significam, pois trata-se, também, de parte da experiência, sentir o que acontece e não necessariamente entender. Mesmo assim, Coração Valente explica, mesmo que de forma indireta, meu amor pelo cinema. As escolhas que Mel Gibson fez no decorrer da narrativa, demonstrou sua sensibilidade a cada cena, o que rendeu sua merecida vitória no Oscar de melhor Diretor daquele ano.

O filme conta a história de William Wallace, herói escocês que luta pela independência de seu povo. Mais do que registrar os feitos heroicos e bélicos de seu protagonista, o filme mostra a vida desse personagem, suas motivações e seus amores que o levaram até uma campanha pela busca por liberdade. É interessante pensar a forma como as motivações surgem no personagem e como suas escolhas o levam até seu objetivo: tornar sua pátria independente. O primeiro sentimento que o filme passa é que esse herói, poderia não sê-lo, se assim desejasse. Poderia seguir com a sua vida normalmente, quem sabe ter terra e títulos e viver em sua casa até o fim da vida. Mas o seu anseio por liberdade foi maior e isso o fez herói.

Outra motivação é seu desejo de vingança. Tudo lhe foi tirado, principalmente o seu amor. A forma como isso se dá, faz com que o espectador sinta o que William Wallace sente, e a jornada do herói é acompanhada por um espectador que deseja presenciar a vitória do personagem. O sucesso do personagem. Que ao menos seu sofrimento, seja superado por seus esforços. Ele sofreu muito e esperamos que ele supere as dificuldades para conquistar seus objetivos. É uma saga pela liberdade. O povo escocês precisava se sentir liberto da nação Inglesa. Sua cultura e seus costumes eram diferentes, além das imposições feitas pelo Reino da Inglaterra. Não seria o filme, além de uma perspectiva bélica de conquista e liberdade, uma alusão ao nosso sentimento mais puro de felicidade? Ao expor a luta pela liberdade de um tempo onde isso precisava ser conquistado, demonstra que nossos direitos foram conquistados e faz com que os valorizemos ainda mais.

Liberdade não necessariamente se converterá em felicidade. De qualquer forma, é muito importante conhecermos nossa história. Saber que outras pessoas lutaram pelos direitos que temos hoje. Outras pessoas morreram defendendo ideais que hoje significam nossa liberdade. Outras pessoas enfrentaram governos poderosos para mostrar seu pensamento e isso fez com que hoje nosso pensamento não fosse cerceado. Esse foi o primeiro filme que trouxe esse sentimento, em uma outra escala, obviamente, contando um fato histórico, mas demonstrando que nossos direitos não podem ser violados, e que se for preciso enfrentar o que for por nossa liberdade, é o que deve ser feito.

Notícias do dia por Germano Rigotto

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Zucco aciona Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra Janja e Paulo Teixeira

Deputado quer que governo analise e aplique as devidas sanções sobre xingamento de primeira-dama contra Elon Musk e manifestação de ministro apoiando a declaração O deputado federal Zucco (PL-RS) protocolou, nesta terça-feira (19), requerimento na Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, para que o órgão analise a conduta da primeira-dama Rosângela Lula da Silva e do ministro